Sabemos que o estudo da
História está relacionado com uma investigação e explicação de fatos do passado
que nos ajuda a entender melhor a sua origem, desenvolvimento, características
sociais, políticas, humanas, culturais presentes nos dias de hoje.
A História de Feira de
Santana inicia-se na Fazenda Santana dos Olhos D’Águas, ainda no século XVII,
dada a sua privilegiada posição geográfica, tornando-se um ponto de aglomeração
e de pouso para viajantes e tropeiros que vinham das regiões Norte e
Centro-Oeste do país.
Os donos da fazenda construíram
a fonte Olhos D’água, bem como uma capela em louvor a Nossa Senhora Santana e a
São Domingos. Depois disso, acabou por atrair ainda mais os viajantes e
tornou-se ponto de parada obrigatória dos vaqueiros mercadores que seguiam para
vender gado em Salvador. Essa concentração de viajantes deu origem a uma feira
livre que por muitos anos ocupou a Praça do Mercado de Artes. Moradores locais
da fazenda também ofereciam ali seus produtos, como o café, o milho e a cana. A
referida troca de mercadorias se tornou comum nessas terras, que em 1873
recebeu a denominação de cidade.
O Beco do Mocó está localizado
aqui em Feira de Santana, entre as ruas Marechal Deodoro e Conselheiro Franco. Ele
foi denominado pela Prefeitura Municipal como Rua 7 de Setembro, e ficou
conhecido também por Travessa Joaquim Pitombo.
É um dos Becos mais
antigos e famosos da cidade, que fica no centro comercial, abrigando diversos
comerciantes e feirantes.
O referido Beco recebeu
este nome porque antigamente eram vendidos mocós já abatidos, os quais ficavam
em grandes cestos de palha no chão da feira livre. Segundo o dicionário, o mocó
é um animal roedor, pouco maior que o preá, de cor cinzenta, com mistura de
pêlos pretos e amarelos, e que vive em tocas.
Vale ressaltar que “A
Cearense” foi uma das primeiras lojas a se instalar no Beco, e vendia variados
utensílios para casa. Existiam também outras lojas antigas, como a de consertos
e vendas de armas, a farmácia de “Seu Cumpadinho” que vendia “remédios” feitos
à base de cachaça e couro de animais, sendo exemplo os de jacarés e cobras.
Por ser uma via de fácil
acesso, o local ainda guarda suas histórias e curiosidades, encontrando-se
perpendicularmente com o conhecido “Beco da Energia”, que ganhou este nome
devido a uma estação antiga de distribuição de energia elétrica que funcionou
ali durante muito tempo.
Atualmente nesta feira,
ainda são encontrados vários produtos, tais como: cascas de árvores, folhas
medicinais, temperos, plantas, frutas, verduras, lanches, doces e água mineral.
Já nas lojas fixas são
vendidos: móveis, roupas, peças íntimas, calçados, bijuterias, antenas
parabólicas, materiais esportivos e ervas.
O famoso Beco da Energia,
para quem não sabe, hoje abriga diversos comerciantes, feirantes e alguns dos
prostíbulos mais antigos de Feira de Santana. Ele agora está de cara nova, pois
ganhou algumas melhorias e um lindo colorido com a intervenção de várias
imagens artísticas, sendo transformado em uma galeria de arte a céu aberto.
Esta idéia foi do artista feirense Márcio Punk, e contou com a ajuda de outros
artistas, tais como: Don Guto, KBÇA, Ivan Coelho, Charles e Gabriel Ferreira.
Gostei bastante da proposta
desse trabalho de investigação da história das feiras livres de Feira de
Santana, sendo para mim uma experiência positiva e enriquecedora, uma vez que
eu e meus colegas não ficamos somente “presos” na sala de aula, e tivemos a
oportunidade de visitarmos, pessoalmente, várias feiras da nossa cidade, as
quais nos mostraram características de tempos passados, adaptadas ao nosso
presente.
Erick Lima Brito
Erico Alves Campos
Vctor Carneiro P Leite
Parabéns, me ajudou muito.
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